quarta-feira, 31 de outubro de 2007

A Boca



A boca,
onde o fogo
de um verão
muito antigo cintila,
a boca espera
(que pode uma boca esperar senão outra boca?)
espera o ardor do vento para ser ave e cantar.


Levar-te à boca,
beber a água mais funda do teu ser
se a luz é tanta,
como se pode morrer?

1 comentário:

Sweet Porcupine disse...

..... bolas......este é forte!
(....) nem consigo comentar de tão genial que é!

..... beijinhos ouriçaditos