quarta-feira, 18 de fevereiro de 2009

Há certas horas, em que não precisamos de um Amor...
Não precisamos da paixão desmedida...
Não queremos beijo na boca...
E nem corpos a se encontrar na maciez de uma cama...

Há certas horas, que só queremos a mão no ombro, o abraço apertado ou mesmo o estar ali, quietinho, ao lado...
Sem nada dizer...

Há certas horas, quando sentimos que estamos para chorar, que desejamos uma presença amiga, a ouvir-nos paciente, a brincar com a gente, a fazer-nos sorrir...

Alguém que ria das nossas piadas sem graça...
Que ache as nossas tristezas as maiores do mundo...
Que nos teça elogios sem fim...
E que apesar de todas estas mentiras úteis, nos seja de uma sinceridade
inquestionável...

Que nos mande calar a boca ou nos evite um gesto impensado...
Alguém que nos possa dizer:

Acho que você está errado, mas estou do seu lado...

Ou alguém que apenas diga:

Sou o seu amor! E estou Aqui!

William Shakespeare

1 comentário:

Anónimo disse...

como compreendo este texto e como me senti assim ontem.... parecia um rio em tempo de chuva alterado e inconstante purpura